segunda-feira, outubro 30, 2006

Sentimentos e Emoções

Interrogação, personalidade quebrada, orgulho ferido, desconhecido, medo, raiva, ódio, vingança, remorsos, consciência, sentido de justiça, lealdade e amizade, desapontamento e desilusão, inveja, egoísmo... Frustração...

Frustração, uma palavra banal com um significado banalizado mas que no fundo é mais do que isso,

Frustração é quando a causa não tem efeito e então o resultado previne esse mesmo individuo de adquirir certos impulsos, desejos e completar os seus objectivos, privado de eficiência, derrotado e nu na vida!

O tormento da frustração humana, é independentemente da sua causa imediata, o reconhecer de algo que prende o sujeito à sua situação miserável, com a sua mente a desvasnescer-se em solidão e conflito interior.




"Porquê?

Porquê eu!?
Mas porquê!?
Porquê? Porquê? Porquê? Porquê? Porquê?
Não...
Porquê?...
Porquê?...
Porquê?...
Porquê?... Porquê?..."


Depois esta frustração é geralmente canalizada em ódio e raiva e eu pergunto porquê?

Será mesmo necessário?

A frustração se não libertada pode ter consequências psíquicas, mas o ódio e a raiva apesar de serem os meios mais acessíveis e complicados apenas agravam o nosso estado frustrado, desejos de vingança, raiva por alguém e ódio por algo que nos foi feito injustamente, desejo de retribuição...

Será tudo isto egoísmo?

Pois parece-me que sim, mas o facto é que quando a lealdade sofre pelos pecados de alguém que beneficia da frustração de outrem, essa mesma frustração toma proporções que ultrapassam a barreira do egoísmo e gera definições pessoais de injustiça e soluções de justiça também pessoais.

Eu não tenho palavras para descrever o que sinto... E não sei porque escrevi isto... Talvez por desabafo, talvez porque em parte é isto que sinto, talvez por certas coisas que aqui escrevi estão presentes e eu não quero admitir...

Vivo num mundo em que a lealdade é ponto fraco, em que confiança é ponto fraco, em que amizade é ponto fraco...

Porquê?
Porquê?
Porquê?
Porquê?
Porquê?

Voltamos à redundância da interrogação, do odio, da raiva, do desejo negativo e negro de satisfação.

Estes sentimentos excedem-me, a dor é real demais, e sinto vontade de chorar mas as lágrimas não saem, os meus olhos mantêm-se limpos e secos e o meu rosto sério, esta situação em que todo meu ser grita em silencio, não por não querer revelar a sua frustração mas sim por incapacidade de a expressar.

E o conflito interior continua... "Porquê?, Porquê?, Porquê?..."

Deixando isto para interpretação aberta, despeço-me com a advertência de que isto foi a tentativa fracassada de expressar aquilo que estou a sentir neste momento.

Sem mais para dizer
Sérgio Iglésias

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